segunda-feira, 21 de novembro de 2016

MORADA DOS BAÍS

O Sobrado


A Morada dos Baís, destinada para residência da família Bernardo Franco Baís. 
 foi o segundo sobrado construído em Campo Grande com o início da construção em 1913, e o primeiro edificado em alvenaria, com argamassa de saibro, cal e areia, coberto originalmente com telhas de ardósia (formato 40 x 40) vindas da Itália.

 O autor do projeto foi o engenheiro João Pandiá Calógeras, e a construção foi feita pelo Sr. Matias, imigrante italiano, acompanhada pelo próprio Bernardo Franco Baís.
A obra, concluída em 1918, passou à residência da família até 1938.

 Contudo em 1938 Bernardo Franco Baís falece, com 77 anos, quando sua família muda-se para outro local. O prédio é alugado a Nominando Pimentel que instalou no local a Pensão Pimentel, que funcionou, com sucessivos proprietários, até 1979.
Porém, em Em 29 de junho de 1974, ocorre um grande incêndio no prédio, destruindo todo o madeiramento da cobertura, telhas de ardósia e pisos de madeira.
Na reforma, pela impossibilidade de se conseguir as telhas originais, a cobertura foi feita com telhas de barro tipo francesa.

Em 1979 a Pensão Pimentel deixa de existir, sendo o prédio destinado a diversos usos comerciais: sapataria, escola de rádio e TV, casa lotérica, alfaiataria, até entrar em período de abandono e depredação.

Até que 4 de julho de 1986, o prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural do Município.
Foi iniciada então a restauração  em 1994, foram resgatadas afrescos pintados em paredes internas do prédio por Lígia Baís, filha de Bernardo Franco Baís.
 Em 1995, sob a denominação de Morada dos Baís o local foi aberto ao público com a proposta de se tornar um novo espaço cultural para a capital.

A Morada dos Baís está situada no centro da Cidade, na esquina da Avenida Afonso Pena com a Avenida Noroeste, dispõe de setores de informações e exposições  mantidos pela  Funcesp, Sebrae e universidades.


Morada dos Baís - antes da reforma e tombamento pelo IPHAN.



Morada dos Baís - atualmente, em bom estado de conservação.

Tipologia da Obra

Fundação de concreto, tipo estaca, alvenaria de tijolos maciços revestidos com argamassa. Abertura com quadros e vedos de madeira, metal e vidro. Cobertura com estrutura de madeira e telhas de barro.
Embasamento em soco. Corpo com trama de pilastras colossais emparelhadas. Faixa a altura do pavimento com balcões. Aberturas em arco pleno no térreo, com molduras de arquivolta e aduelas de fecho. Coroamento com arquitrave, friso cornija e muro de ático. Frontispício com frontão redondo e óculo no tímpano. Na lateral, frontão triangular. Elementos de arremato de coroamento agulha. Ecletismo com inspiração neoclássica.

Planta Baixa

 
Térreo

      Pavimento Superior

Referências

http://www.pmcg.ms.gov.br/fundac
Marques, Rubens Moraes da Costa. Trilogia do patrimônio histórico e cultura sul-mato-grossense / Rubens De Moraes da Costa Marques. – 2. Ed. – Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2007

Pesquisa realizada por Andresa Martins - RA 152538

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