segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Estação da NOB




Taynara Mascolli Fassina 
RA: 156215






Estação da NOB













                                                                Campo Grande,MS
                                                           21 de Novembro de 2016







   


   Foi inaugurada em 14 de outubro de 1914, a estação da NOB faz parte da historia do desenvolvimento da cidade. A linha, que parte de Bauru e interliga os estados de São Paulo e Mato Grosso, chegou à cidade em 28 de maio de 1914 e foi baseada no traçado proposto, em 1905, pelo engenheiro Émile Armand Schonoor.







Com o intuito de modernização urbana, as cidades ganharam um traçado xadrez onde, além de reordenar a aglomeração existente, prevê a expansão urbana.
      Este planejamento urbano foi adotado em todas as cidades que nasceram no leito da via férrea. A configuração urbana de Campo Grande, até 1905 um povoado dedicado principalmente ao comercio de gado, segue, a partir de 1914, ou um pouco antes, o traçado sugerido pelos técnicos da Companhia de Estrada de Ferro Noroeste d Brasil.




      Até então na cidade levava-se um ritmo de vida pacato, comum em uma cidade do interior daquele momento, a ferrovia provoca um intenso movimento de imigrantes e migrantes, sendo estes trabalhadores da própria ferrovia. Eles vem para atender os diferentes serviços e de acordo com os interesses dessa companhia alguns funcionários permanecem definitivamente na cidade, outros são remanejados. Este intercambio permitia constante renovação de ideias, porque estes funcionários se envolvem com a vida socioeconômica e politica da cidade e do estado.
      A NOB trouxe facilidade na exportação da produção de gado e madeira, além de realizar a importação dos produtos industrializados , fazendo com que ocorresse uma expansão no comercio local, gerando forte movimento financeiro em Campo Grande. Toda esta movimentação de pessoas e econômica produziu um novo ritmo de vida na cidade, com forte influencia da ferrovia que movimentava a região central da cidade, conduzindo assim um novo ritmo de vida.
      Neste passo a cidade começa a se tornar referencia na região, apos a regularização das viagens ferroviárias, Campo Grande gradativamente centraliza na região, as principais atividades econômicas e politicas. Esta sua condição de entreposto comercial lhe deu o status de pólo irradiador de ideias, ultrapassando Corumbá neste momento enquanto cidade mais importante do sul de Mato Grosso.
      Com isso entende-se que as ferrovias possuíam outro significados alem do econômico, alterando a vida de todos, no caso de Campo Grande a chegada da NOB, trouxe uma ruptura no modo de vida, um novo momento à cidade, momento este hoje interpretado pela memoria oficial dos donos de terra.




Da Privatização ao tombamento

      Durante a economia do cafe, grande parte das ferrovias eram controladas pelo capital estrangeiro, e a partir da decadência da economia cafeeira, o setor ferroviário deixou de receber investimentos para a sua modernização, o que resultou no seu sucateamento precoce.
      Este processo teve inicio a partir da década de 1930, quando a economia do cafe que guiava o desenvolvimento e a expansão das estradas de ferro entra em colapso com a crise de 1929. Este período apresentou profundas mudanças, chegou ao fim da republica velha, limitando limitando o poder dos coronéis com a centralização do poder no pais.
      Após a crise de 1929, o setor ferroviário foi transferido para o controle estatal entre as décadas de 30 e 50, neste período já estava sucateado e necessitando de reformas, sendo importante  ressaltar que na década de 50 o transporte rodoviários estava ganhando corpo no pais.
      O sistema ferroviário foi importante para o brasil ate as primeiras três décadas do seculo XX, porem com as transformações econômicas deixaram de ser prioridade devido ao investimento massivo no transporte rodoviário.


Curiosidades:


      Atualmente sob concessão à Ferroviaria Novoeste do Brasil S/A. Estado de conservação é regular. Embasamento em soco com escada de acesso e plataforma. Corpo central em ressalto ladeado por alas. Trama de pilastras com aberturas retangulares emolduradas. Coroamento com frontão em formas geométricas curvas e relógio no tímpano acima da cobertura aparente. Inspiração no ecletismo.






Referências: 
Site:  www.vitruvius.com.br
Livro: Trilogia do Patrimônio Historico e Cultural Sul-Mato-Grossense

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