Colégio Osvaldo Cruz
Localizado
em frente ao Mercadão Municipal, o Colégio Osvaldo Cruz foi construído em 1918,
destinado a abrigar um armazém de secos e molhados da firma Camelo &
Internando, edificado pelo italiano Adolfo Stefano Toninho, pai do também
construtor Alexandre Toninho. Os requintes decorativos de sua fachada em estilo
eclético ficaram aos cuidados do italiano Francisco Cetraro. Em 1929 o
professor Henrique Corrêa transformou o prédio em um estabelecimento de ensino que inicialmente
funcionava em regime de internato. Ampliado em 1937, tornou-se um dos mais
importantes colégios da cidade, foi denominado Ginásio
Osvaldo Cruz, por meio de um Decreto Presidencial assinado durante a Era
Vargas. O prédio foi Tombado em 1977 e fechou suas portas na década de 2000.
Requalificado e reativado em 2010 pela Prefeitura Municipal após anos de
abandono, passou então a abrigar o projeto Traje - Travessia do Jovem
Estudante, voltado para adolescentes em faixa escolar irregular. Em 2015, a
gestão do prédio foi devolvida por força judicial à Associação Beneficente de
Campo Grande e encontra-se, atualmente, fechado.
Ginásio Osvaldo Cruz: Inicio
Em 15 de março de 1927 iniciaram-se as atividades no Instituto Osvaldo
Cruz, com características de internato. Um ponto a considerar é que com o internato o
Instituto criou instalações próprias para esse tipo de educação, por exemplo, o dormitório era
um amplo salão, bem higienizado, separado em dois grupos, os estudantes menores ficavam de um lado, enquanto os maiores do outro. As camas eram de ferro esmaltado, feitas
por encomenda.Além disso, havia a rouparia, que ficava embaixo do dormitório. “Os armários,
dispostos em quatro fileiras, com repartições individuais, foram especialmente fabricados, são de cedro envernizado e a sua fabricação
obedeceu a um môdelo pre-estabelecido, prático e utilíssimo.”.
O refeitório era constituído de mobiliário próprio para atender aos alunos internos
com mesas que cabiam dez estudantes. Na cozinha encontravam-se, além dos acessórios
alimentares, dois fogões, sendo um a lenha. Na enfermaria, o estabelecimento oferecia o
atendimento de um médico plantonista e disponibilizava todos os medicamentos necessários
para emergências. Em fevereiro de 1929, o seu primeiro proprietário e diretor, o professor Henrique
Corrêa solicitou a inspeção do estabelecimento com a intenção de obter reconhecimento
oficial, conforme o Decreto nº 16.782-A, de 1925. Ao mesmo tempo em que a referida
Reforma permitia equiparação ao Ginásio Nacional somente para as instituições públicas,
aceitava a organização de juntas examinadoras para avaliarem os estabelecimentos
particulares que pretendiam obter o reconhecimento oficial.
Diante disso, realizaram-se os primeiros exames de admissão ao curso ginasial
sob a fiscalização do Inspetor Federal Jaime Ferreira de Vasconcelos, sendo o
estabelecimento denominado de Ginásio Osvaldo Cruz .
Reforma
O Ginásio Osvaldo Cruz foi reformado em 1937, já na gestão de Enzo Ciantelli, com o intuito de substituir mobiliários, como camas, armários, chuveiros, bem como para realçar a pinturas a óleo e impermeabilizar as paredes, no período da inspeção preliminar, no sentido de ampliar e melhorar o atendimento, o que facilitaria ao Ministério da Educação conceder a inspeção permanente.,a inspeção permanente era o reconhecimento oficial para efeito de expedir certificados de habilitação. Em 1939, o Instituto Osvaldo Cruz atendia estudantes de ambos os sexos, no entanto, o regime de internato era permitido apenas para os meninos, sobrando apenas à opção do externato para o público feminino. O Relatório de 1939 destaca que este estabelecimento formaria a sua sétima turma e que vários alunos formados neste estabelecimento estavam alcançando bons resultados nas academias de todo o país.
Sistema Construtivo
Fundação em pedra,
com armação de ferro, paredes internas de tijolos revestidos de argamassa.
Cobertura com estrutura de madeira e telhas de barro. Estilo Arquitetônico é o Ecletismo. Estado de
conservação é RUIM.
Colégio Osvaldo Cruz encontra-se atualmente fechado |
Referências
Marques, Rubens Moraes da Costa. Trilogia do patrimônio histórico e cultura sul-mato-grossense / Rubens De Moraes da Costa Marques. – 2. Ed. – Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2007.
Arruda, Ângelo Marcos Vieira de, 1957. Campo Grande: arquitetura da década de 30 / Ângelo de Marcos Vieira de Arruda. –Campo Grande, MS: Ed. Da UNIDERP, 2000.
http://pt.slideshare.net/maisafernands/patrimnios-histricos-de-campo-grande-no-mato-grosso-do-sul-brasil
http://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/8185-o-ensino-secundario-no-sul-do-estado-de-mato-grosso-no-contexto-das-reformas-educacionais-o-ginasio-osvaldo-cruz-1927-1949.pdf
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.096/140
http://escolamunicipalosvaldocruzblog.blogspot.com.br/p/historico-da-escola.html
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS / guia de referencias culturais.
Pesquisa realizada por Endreo Cunha - RA 150340
http://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/8185-o-ensino-secundario-no-sul-do-estado-de-mato-grosso-no-contexto-das-reformas-educacionais-o-ginasio-osvaldo-cruz-1927-1949.pdf
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.096/140
http://escolamunicipalosvaldocruzblog.blogspot.com.br/p/historico-da-escola.html
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS / guia de referencias culturais.
Pesquisa realizada por Endreo Cunha - RA 150340
Nenhum comentário:
Postar um comentário