segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Casa do Artesão

Construída entre 1918 e 1923, sob as ordens de Francesco Cetrara e Pasquele Cândia, com projeto do engenheiro Camilo Boni, para uso comercial e residencial. Ainda na década de 20, sedia a agencia do Banco do Brasil. De 1939 a 1974, abriga a Recebedoria de Rendas do Estado – Exatoria Estadual. Em 1º de setembro de 1975, é inaugurada a Casa do Artesão e, em 20 de setembro de 1990, reinaugurada, após restauro e revitalização. Atualmente, mantem o mesmo. Edificação tombada como patrimônio histórico e cultural sul-mato-grossense.
Antes do restauro, as paredes encontravam-se instáveis e sem fundação. Atualmente, a fundação é de estaca manual e blocos, com acréscimo de estrutura metálica para a instalação dos mezaninos. Paredes revestidas de argamassa. Aberturas são de metal e vidro. Cobertura com estrutura de madeira e telhado cerâmico.
Casa do Artesão - Foto 2007.

Primeira tipologia da obra

Construção de um só piso com amplo pé direito, assentada na testada do lote. A entrada principal é pela esquina. Foi construída em alvenaria de tijolos autoportantes e, com elementos e detalhes característicos do estilo eclético.
Fachadas com frente para a avenida são simétricas e ritmadas, com três pilastras que avançam 10 cm do alinhamento da calçada, com frontões acima da platibanda. 
Aberturas de dimensões similares protegidas com grades de ferro; ornamentação é completada com frisos, dentículos, molduras e caneluras.


Planta

A planta da edificação principal possui forma de “L” com dois anexos agregados às extremidades dessa forma, fechando as laterais em torno do pátio ou poço de iluminação. Ao lado avenida Afonso Pena do “L”, abriga dois compartimentos: um de 15 m e outro de 5 m, na mesma linha de cota eixo a eixo. Essa parede divisória foi acrescentada pelo Banco do Brasil. Um portão guarnecido e com porta de cofre e escada para acesso ao mesmo, também foram acrescentadas.
Planta Baixa - acréscimo escada e porão pelo Banco do Brasil.

Proposta original da fachada lateral direita da obra.

Proposta original da fachada Rua Calógeras - Lateral esquerda.


Sistema construtivo

Construção de alvenaria de tijolos maciços (12,5x25x6,5cm) de autoportante. O assentamento dos tijolos em ajuste francês para paredes de 30 cm e pilastras de 45 cm, com argamassa de saibro, areia e cal. O menor pé direito do espaço é de 5,40 m e o maior é de 8,40 m.


Referências

Marques, Rubens Moraes da Costa. Trilogia do patrimônio histórico e cultura sul-mato-grossense / Rubens De Moraes da Costa Marques. – 2. Ed. – Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2007.
Arruda, Ângelo Marcos Vieira de, 1957. Campo Grande: arquitetura da década de 30 / Ângelo de Marcos Vieira de Arruda. –
Campo Grande, MS: Ed. Da UNIDERP, 2000.

sábado, 29 de outubro de 2016

Escola Estadual Maria Constança Barros Machado

Data de Inauguração: 26/08/1954
Local: Rua Marechal Mariano Cândido Rondon, 451 – Bairro Amambaí – Campo Grande/MS
Arquiteto: Oscar Niemeyer
                Construção: Construtora Comércio – Engenheiros Hélio Baís e José Garcia Netto
Estrutura: Engenheiro J. Alvariz
O colégio estadual campograndense teve seu projeto elaborado em 1952, pelo célebre arquiteto Oscar Niemeyer. A elaboração do mesmo iniciou-se em um vôo em que o governador da época, Fernando Corrêa da Costa, viajando ao lado de Niemeyer, manifestou seu desejo de construir um colégio estadual no sul do mato grosso, antes da divisão do Estado. Atendendo ao seu pedido, Oscar Niemeyer projetou o edifício que seria construído na cidade de Corumbá, no entanto, posteriormente, Fernando Corrêa determinou que o mesmo modelo fosse construído em Campo Grande. Dois anos depois, em 26 de Agosto de 1954, aniversário da cidade, o colégio foi inaugurado.
Dezessete anos após sua inauguração, em 1971, o colégio passou a receber um outro nome, uma homenagem feita a uma importante professora da época e ex-diretora do mesmo: Maria Constança Barros Machado.
Por sua importância historico-cultural, em 1995 o prédio da escola, única obra projetada por Niemeyer em Campo Grande, foi tombado como patrimônio histórico do Estado.

Em um lote de 12.000m2, a edificação chama atenção por sua importante composição da arquitetura moderna em Campo Grande. É possível observar que em cada ângulo do qual o colégio é visto, uma fachada diferente se revela. Além disso, outro ponto importante em sua arquitetura, está no emprego de símbolos: A fachada faz referência a um livro aberto, um palito branco na entrada, utilizado como relógio solar, lembra um lápis, um corredor com grande comprimento traz a ideia de uma régua e o formato do auditório remete a um mata borrão (papel utilizado na época para absorver tinta fresca).

Apesar de já ter recebido cores diferentes ao longo dos anos, em 2012 o colégio passou por uma pequena reforma com reparos em instalações e pintura, momento em que a edificação voltou a ser predominante branca, com alguns detalhes em azul e verde, suas cores originais.


                                   1. pátio; 2. auditório; 3. circulação coberta; 4. sala de aula; 
                                   5. sanitários; 6. refeitório; 7. depósito; 8. salas de apoio; 
                                   9. administração; 10. guarita; 11. quadras de esporte; 12. Reservatório





                                              Fachada da escola na época da inauguração
                                   Fonte: Arquivo público Estadual de Mato Grosso do Sul




                                                           Fachada da escola atualmente
                                                                Fonte: Site TudoMS




REFERÊNCIAS

PESSANHA, Eurize Caldas; ARRUDA Ângelo. Arquitetura Escolar de “escolas exemplares” em quatro cidades brasileiras: Expressão de projetos de modernização e escolarização de 1880 a 1954. Cadernos de História da Educação – n. 7 – jan./dez. 2008

ARRUDA, Ângelo. O Colégio Estadual de Oscar Niemeyer em Campo Grande MS: uma análise compositiva. Arquitextos, São Paulo, ano 01, n. 006.07, Vitruvius, nov. 2000 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.006/960>. 


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Museu José Antônio Pereira

 Pesquisa elaborada por Diego Luis Gomes Domingos  RA:157712
 
Esta localizado na fazendo Bálsamo, erguido pelo próprio fundador de Campo Grande: José Antônio Pereira no ano de 1873, seu método de construção e o pau-a-pique. Em 1966 a area onde esta localizado casa foi doado para a prefeitura, casa foi tombada no ano de 1983 como patrimônio histórico de Campo Grande. Já na data de 1988 foi iniciado o projeto de revitalização do museu onde foi gasto no valor da época Cr$14.550.000.00 (quatorze milhões, quinhentos e cinquenta mil cruzeiros), e finalmente em 1999 foi aberto ao publico como museu José Antônio Pereira. Abaixo estao plantas e documentos exemplificando desda construção original, passando por elas reformas e chegando no que temos hoje:

croqui retirados da ARCA (Arquivo Histórico de Campo Grande)
documentos retirados da ARCA (Arquivo Histórico de Campo Grande)
documentos retirados da ARCA (Arquivo Histórico de Campo Grande)
documentos retirados da ARCA (Arquivo Histórico de Campo Grande)
documentos retirados da ARCA (Arquivo Histórico de Campo Grande)
documentos retirados da ARCA (Arquivo Histórico de Campo Grande)-projeto de restauração
documentos retirados da ARCA (Arquivo Histórico de Campo Grande)-implantação
Pesquisa elaborada por Diego Luis Gomes Domingos  RA:157712